ANEXOS DO PROJETO BRASIL AFRICANO

A FOME NA ÁFRICA
O continente africano tem hoje metade de sua população sobrevivendo com uma renda inferior a 1 dólar por dia. Além da fome, a população do continente tem sido devastada por contínuas guerras civis e por uma epidemia de AIDS, que já contaminou um quarto da população.
A África, no entanto, não é homogénea. O quadro de extrema pobreza, guerras civis e descontrole da AIDS concentra-se na África Subsaariana, localizada ao sul do Deserto do Saara e habitada por uma população predominantemente negra.
AS ORIGENS DA F OME AFRICANA
A fome na África tem origens históricas, que se relacionam com a expansão colonialista europeia, iniciada no século XV. O domínio europeu significou para o continente a perda de aproximadamente 10 milhões de pessoas, que foram levadas para a América na condição de escravos.
Principalmente a partir do século XIX, os colo-nizadores desmontaram as economias organizadas no continente, baseadas na subsistência, e, no lugar, implantaram o sistema de monoculturas (café, algodão, cacau, etc.), destinado à exportação. Muitas terras deixaram de cultivar alimentos para produzir géneros destinados ao mercado externo.
Outro efeito nefasto da colonização foi a destruição dos Estados africanos tradicionais e a fixação de fronteiras que dividiram o continente sem levar em consideração a diversidade étnica existente no interior de cada país. O resultado foi a explosão de violentas guerras tribais, que expressam a frágil idade dos Estados criados artificialmente pelo colonizador.
A ÁFRICA PÓS-COLONIAL
A espoliação das riquezas africanas foi reforçada, no século XX, pêlos compromissos assumidos com os credores internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Clube de Paris. Na Somália, por exemplo, entre 1975 e 1989, os custos com o pagamento da dívida externa reduziram em 78% os gastos com saúde e educação, provocando o fechamento de quase um quarto das escolas primárias do país.
O quadro atual da África é desolador. Faltam investimentos na educação e na qualificação de mão-de-obra; o abismo científico e tecnológico em relação à Europa e à América do Norte é imenso; e os indicadores sociais do continente são os piores do mundo.
A alteração desse quadro depende da união dos povos africanos e da solidariedade internacional. A África precisa de um programa eficaz de combate à fome e da reconstrução do continente, devastado por séculos de exploração, pela aids e pelas guerras.
DNA de negros do Brasil comparado com o DNA dos africanos:
58,5% - África Centro-Ocidental (Sudaneses)
32,1% - África Ocidental (Bantos)
5,7% - Sudeste da África (Bantos)
Branqueamento do Brasil
No final do século XIX, 55% da população brasileira era negra.
Brasil começa importar teorias racistas. Aumentam os debates exaltando a mão-de-obra branca.
A campanha imigrantista tinha por objetivo: valorizar o imigrante branco e convencer as elites que o progresso só viria por meio deles (asiáticos e africanos foram considerados “incapazes”).
Chegam os imigrantes
Entre 1871 e 1920, entraram cerca de 4 milhões de imigrantes: quase todos com a mesma experiência profissional dos 4 milhões de africanos trazidos à força entre 1520 e 1850.
Com a Abolição, os negros, além de terem sido jogados à própria sorte, ficaram ainda mais excluídos do mercado profissional. A inserção só vai se verificar na década de 1930 e em cargos baixos.
Em 1901 um estudo sobre a indústria paulista revelou: 90% dos operários industriais eram imigrantes.
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