A alma não tem cor

A intenção deste trabalho é mostrar o que existe de africano no Brasil e contar coisas da África que ainda são pouco conhecidas, com o intuito de buscar a valorização de nossas heranças africanas, além de divulgar todas as atividades relacionadas à temática na EEM Liceu de Acaraú.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

ANEXOS DO PROJETO BRASIL AFRICANO




A FOME NA ÁFRICA
O continente africano tem hoje metade de sua população sobrevivendo com uma renda inferior a 1 dólar por dia. Além da fome, a população do continente tem sido devastada por contínuas guer­ras civis e por uma epidemia de AIDS, que já con­taminou um quarto da população.
A África, no entanto, não é homogénea. O qua­dro de extrema pobreza, guerras civis e descontro­le da AIDS concentra-se na África Subsaariana, lo­calizada ao sul do Deserto do Saara e habitada por uma população predominantemente negra.

AS ORIGENS DA F OME AFRICANA
A fome na África tem origens históricas, que se relacionam com a expansão colonialista europeia, iniciada no século XV. O domínio europeu signi­ficou para o continente a perda de aproximada­mente 10 milhões de pessoas, que foram levadas para a América na condição de escravos.
Principalmente a partir do século XIX, os colo-nizadores desmontaram as economias organizadas no continente, baseadas na subsistência, e, no lu­gar, implantaram o sistema de monoculturas (café, algodão, cacau, etc.), destinado à exportação. Mui­tas terras deixaram de cultivar alimentos para pro­duzir géneros destinados ao mercado externo.
Outro efeito nefasto da colonização foi a des­truição dos Estados africanos tradicionais e a fixa­ção de fronteiras que dividiram o continente sem levar em consideração a diversidade étnica exis­tente no interior de cada país. O resultado foi a explosão de violentas guerras tribais, que expres­sam a frágil idade dos Estados criados artificialmen­te pelo colonizador.

A ÁFRICA PÓS-COLONIAL
A espoliação das riquezas africanas foi refor­çada, no século XX, pêlos compromissos assumi­dos com os credores internacionais, como o Fun­do Monetário Internacional (FMI) e o Clube de Paris. Na Somália, por exemplo, entre 1975 e 1989, os custos com o pagamento da dívida ex­terna reduziram em 78% os gastos com saúde e educação, provocando o fechamento de quase um quarto das escolas primárias do país.
O quadro atual da África é desolador. Faltam investimentos na educação e na qualificação de mão-de-obra; o abismo científico e tecnológico em relação à Europa e à América do Norte é imen­so; e os indicadores sociais do continente são os piores do mundo.
A alteração desse quadro depende da união dos povos africanos e da solidariedade internacional. A África precisa de um programa eficaz de combate à fome e da reconstrução do continente, devastado por séculos de exploração, pela aids e pelas guerras.


DNA de negros do Brasil comparado com o DNA dos africanos:

58,5% - África Centro-Ocidental (Sudaneses)

32,1% - África Ocidental (Bantos)

5,7% - Sudeste da África (Bantos)


Branqueamento do Brasil


No final do século XIX, 55% da população brasileira era negra.
Brasil começa importar teorias racistas. Aumentam os debates exaltando a mão-de-obra branca.
A campanha imigrantista tinha por objetivo: valorizar o imigrante branco e convencer as elites que o progresso só viria por meio deles (asiáticos e africanos foram considerados “incapazes”).


Chegam os imigrantes

Entre 1871 e 1920, entraram cerca de 4 milhões de imigrantes: quase todos com a mesma experiência profissional dos 4 milhões de africanos trazidos à força entre 1520 e 1850.
Com a Abolição, os negros, além de terem sido jogados à própria sorte, ficaram ainda mais excluídos do mercado profissional. A inserção só vai se verificar na década de 1930 e em cargos baixos.
Em 1901 um estudo sobre a indústria paulista revelou: 90% dos operários industriais eram imigrantes.

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